Flamengo perde mais um patrocinador

Há também uma explicação financeira que justifica a pressa dos dirigentes do Flamengo na retomada dos treinos no Centro de Treinamento George Helal.
É que o clube já recebeu a informação de que o banco Bs2 romperá o contrato de patrocínio master, assinado para durar até o final do ano.
E, como ainda não tem acordo formalizado com a Amazon, gigante norte-americana de tecnologia e comunicação, não deu mais para aguardar.
A reaparição do milionário elenco no noticiário era fundamental para a recuperação da visibilidade dos patrocinadores e consequente volta ao mercado.
O atual parceiro tinha ainda duas parcelas de R$ 5 milhões a quitar, relativas ao contrato de R$ 15 milhões anuais fechados no ano passado.
Uma seria paga agora, em maio, e a outra em dezembro.
Mas, depois do vazamento das tratativas com a Amazon, em março, visando a ocupação do espaço nobre do uniforme, os mineiros do Bs2 endureceram o jogo.
Não só retiraram a proposta de aporte de mais R$ 10 milhões anuais para estampar a marca em outras modalidades, como desistiram da parceria.
Em meio ao cenário econômico catastrófico trazido pela Covid-19, o Bs2 já avisou que não pretende estar em outra parte da camisa.
As partes agora discutem o pagamento da multa rescisória de R$ 2 milhões prevista em contrato.
Se oficializado, será o segundo patrocinador a deixar o Flamengo desde a paralisação dos campeonatos no Brasil no dia 15 de março.
No mesmo mês, o Azeite Royal comunicou o rompimento do acordo que havia sido assinado em janeiro.
Contrato que renderia R$ 3 milhões pela exibição da marca no calção do uniforme até o final do ano.
O departamento jurídico rubro-negro cobra na Justiça a multa rescisória de R$ 1,2 milhão, além de perdas e danos.
Mas, enquanto não recebe, o orçamento fica com um buraco estimado, a grosso modo, em R$ 11 milhões por conta da saída dos parceiros
Em 2019, o Flamengo faturou R$ 89,3 milhões nesta rubrica que envolve patrocínio, publicidades e royalties.
E previa crescimento de 22% este ano, chegando a R$ 108,7 milhões.
Por isso, Rodolfo Landim se abraçou a liberalidade defendida pelo presidente da República Jair Bolsonaro e "meteu o pé na porta" do isolamento social...
O Flamengo não pode esperar - sob o risco de comprometer o patamar.

Retirado do Extra.

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